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Na pintura de superfícies metálicas há a considerar os Metais Ferrosos (por exemplo, aço) e Metais Não Ferrosos (por exemplo, alumínio).
Esta divisão é feita já que para cada uma das referidas classes os tratamentos a executar são bastantes diferentes devido às características específicas de cada um deles.
O principal problema a considerar em ambos os casos é a ocorrência da corrosão, fenómeno que deve ser controlado de modo a eliminar o número de ocorrências e travar a respectiva progressão.
Relativamente aos Metais Ferrosos é exigida uma protecção anticorrosiva das tintas aplicadas sobre o aço, quando estes estão sob o efeito de condições ambientais agressivas. Os Metais Não Ferrosos também sofrem a corrosão ao ar, embora a velocidades muito inferiores à dos metais ferrosos.
O principal problema das superfícies de Metais Não Ferrosos é que a aderência das tintas é muito fraca, pelo que são necessários pré-tratamentos como meio de promover a aderência das camadas subsequentes de pintura.
No caso do ferro ou do aço, os pré-tratamentos utilizados permitem assegurar a constituição de uma camada que funciona como barreira contra a corrosão e que protege eficazmente durante bastante tempo o substrato.
Por estes motivos, a preparação do suporte neste ponto é um fator crucial para uma boa aplicação da tinta e por este motivo existem uma série de tratamentos possíveis para a execução:
A. Limpeza com ferramentas manuais e mecânicas (lixas)
B. Limpeza por projecção de granalha de aço HCS G 16 L.
C. Limpeza por projecção de areia.
A metalização é um processo de projecção de Zinco que consiste em fundir o metal que se encontra em forma de fio e projecta-lo contra uma superfície metálica com uma pistola a gás (Oxigénio-Propano).
2.1. AS VANTAGENS DE UTILIZAR A METALIZAÇÃO EM SUPERFÍCIES METÁLICAS SÃO AS SEGUINTES:
– Projeção anticorrosiva de longa duração.
– Reduzida manutenção das estruturas metálicas.
– O revestimento de excelente resistência à abrasão.
– Grande facilidade de aplicação.
– Sem aquecimento da superfície metálica.
– Protecção instantânea (sem período de secagem nem de arrefecimento).
– Superfície ideal para posterior aplicação de eventuais demãos de tinta.
2.2. APLICAÇÃO
A decapagem deverá ser efetuada ao grau Sa 2 ½ de acordo com a norma ISO 8501,
Posteriormente, e sem permitir a oxidação superficial do aço (num prazo máximo de 4 horas),é aplicado um revestimento de zinco por projeção a quente (metalização), na superfície a tratar.
Para a metalização utilizamos zinco com 99,99% de pureza e utilizamos pistola a gás para a sua projecção.
Normalmente aplicamos um revestimento com espessura de 40 microns, exceto quando solicitado pelo cliente a aplicação de uma espessura superior.
A metalização superior a 40 microns, por opção do cliente, sendo da sua escolha a espessura a aplicar que pode ser até 120 microns, é aconselhada em ferro que tenha como destino zonas mais corrosivas, tais como, à beira mar, zonas de neve, locais com muita humidade, sendo também, principalmente nestes casos, aconselhada uma pintura.
3.1. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE USO E APLICAÇÃO DE TINTAS PARA ESTRUTURAS METÁLICAS
Para escolher um bom esquema de pintura para este tipo de superfície é necessário ter em conta alguns pontos importantes.
De notar que uma tinta aplicada sobre uma superfície tratada por projecção de abrasivos terá uma durabilidade maior do que a aplicada sobre uma superfície que foi limpa com ferramentas mecânicas.
3.2. CONDIÇÕES GERAIS DE MANUSEAMENTO E APLICAÇÃO DE TINTAS
Existem situações importantes que é necessário ter em atenção para não haver problemas com o manuseamento das tintas, bem como das suas ferramentas.
São descritas nos pontos seguintes, algumas das características de carácter geral que se consideram ter maior importância com vista à obtenção de um bom trabalho de pintura, tanto a nível da preparação da tinta como ao nível do seu armazenamento prévio, mas também do modo mais correcto de aplicação.
3.3. PROPRIEDADES FÍSICAS DAS TINTAS
A natureza das tintas e as características físicas com que são fornecidas são variáveis das quais dependem fundamentalmente o êxito, a longo prazo, do sistema de protecção.
Assim, é necessário dar especial atenção a algumas das variáveis mais importantes das tintas, tais como o teor de sólidos, a viscosidade, a cor e a opacidade, entre outros. Estas propriedades físicas, caso não estejam nas suas condições ideais, podem ter a capacidade de alterar por completo o comportamento esperado de uma dada tinta, sendo portanto crucial dar especial atenção a todas elas.
Para uma melhor descrição destas propriedades e respectivas consequências, achou-se por bem separar o estudo em duas partes, sendo a primeira referente às tintas ainda na embalagem original, e a segunda referente às tintas prontas para aplicação sobre um dado suporte.
3.3.4. APLICAÇÃO DA TINTA
A obtenção de um bom trabalho de pintura depende muito não só da qualidade da tinta e da sua adequada aplicação em obra, como também da realização de uma boa preparação da superfície.
A necessidade de proceder a uma boa preparação da superfície não depende do local de aplicação da tinta. Tanto para pinturas executadas em obra como para pinturas de cariz mais industrial executadas em oficinas, a qualidade do produto final, pintura, depende muitíssimo da superfície onde esta é aplicada.
É possível adotar diversos processos e ferramentas de aplicação, dos quais se salientam a aplicação manual (trincha, rolo, pincel) e a aplicação por pulverização (pistolas). Qualquer dos processos referidos tem as suas vantagens e desvantagens, sendo, portanto, primordial escolher o processo mais conveniente consoante o fim a que se destinar a pintura.
Controlo de Qualidade
Seguindo uma filosofia mais moderna de qualidade total, para se obter um bom trabalho de pintura é necessário garantir a qualidade de todos os produtos que se vão utilizar e também de todas as operações elementares necessárias à concretização do trabalho.
Neste caso, um dos produtos essenciais é a tinta que se vai aplicar e obviamente tudo o que se refere com as respetivas propriedades e os processos de preparação e aplicação.
As preocupações fundamentais a garantir na fiscalização dizem respeito aos seguintes aspectos:
– Correcta verificação dos produtos aplicados incluindo fabricante, referências e outros aspectos relevantes;
– Preparação das superfícies;
– Número de demãos de cada produto;
– Tempo de secagem entre demãos;
– Preparação da superfície entre camadas sucessivas;
– Condições ambientais de aplicação;
– Controlo de espessura